Ensaio da Maquinários . Foto : Ana Marinho |
A seção " Vida de banda" traz a segunda parte da entrevista com a Maquinários. A primeira estava mais relacionada ao início da banda, as perguntas e respostas abaixo estão mais voltados para acontecimentos recentes, confira :
A Maquinários teve a música “ Ela é gostosa
e curte rock'n'roll “ na coletânea Southern Rock Brasil Collection Vol. 3. de 2012. Qual foi a reação da banda ao ver
que uma canção estava numa compilação que reuniu bandas nacionais de Southern,
country, blues?
Matheus: É uma coisa que orgulha muito a
gente porque chegamos a um certo patamar de estar junto de outras bandas nesse
conjunto de material. Não é propriamente o som que a gente faz hoje em dia, mas
é nosso começo, é nosso contexto ali, então é uma coisa que para gente foi uma
surpresa. Um ano e meio do lançamento do nosso primeiro EP que tem a música que
tá na coletânea, a gente recebeu a
notícia que a gente tava de novo, pois é a segunda vez que a gente está na
coletânea, a primeira vez foi com "Jack Silver" e a segunda foi com
" Ela é gostosa e curte rock'n' roll".
Ivan: É uma coisa que leva a gente a
acreditar cada vez mais.
Como surgiu a ideia de fazer o EP "
Seis milhas para o Inferno" que vocês consideram realmente o material de
lançamento da banda?
Ivan: Teve uma música nossa que foi um
divisor de águas dentro da banda, que é " Gritando aos quatro
ventos". É uma música bastante inspirada em Motorhead que a gente curte
pra caramba, e assim, meio que definiu essa nova fase da banda, mais pesada,
mais visceral, um pouco mais nervosa. O EP é fruto dessa nova fase que a gente
se considera um pouco mais maduro, que desde o início a gente tinha essa ideia
de fazer uma música mais nervosa, mais verdadeira, um pouco mais visceral. Acho
que agora a gente está tendo a oportunidade de colocar isso em prática. No
início a gente estava mais preocupado em experimentar, não tinha muita certeza
do que ia fazer, mas eu acho que esse espiríto nervoso sempre existiu dentro da
gente e agora estamos no contexto certo para colocar isso em prática. O EP
chega a essa nova fase da Maquinários em que temos a uma proposta definida e
segue nela.
Matheus: A gente considera o batismo de fogo
da banda porque é um material que está amarrado. Se for para pensar nas quatro
músicas que fazem parte do EP e analisar as letras que estão na música, elas
caminham para o mesmo lado, vai gerar o mesmo assunto, é como se tivesse
amarrado. Um cordão umbilical de uma coisa que deixa ela bem homogênea,
diferente do primeiro, por isso a gente considera o primeiro trabalho de fato
da Maquinários.
Imagem retirada de vídeo do Youtube. |
Matheus: A partir do momento que a gente começou a
pensar no EP, começamos a arquitetar a questão da proposta mesmo lá em São
Paulo. Quando o Carro Bomba tocou em maio de 2012, a gente teve oportunidade de
conhecer os caras, fazer amizade com eles e trocar uma ideia... Eles se
ofereceram para dar o apoio se a gente fosse para São Paulo e gravasse lá. A
gente já conhecia o trabalho do Marcello Pomeu e do Heros Trench desde antes,
eles ganharam um Grammy Latino em 2011, são do Korzus, referência brasileira. A
gente já começou a associar esse auxílio e esse trabalho em parceria junto com
quem ia produzir a gente. Também já tinhamos feito amizade com o pessoal do
Baranga que já tocou algumas vezes em Palmas, eles ofereceram se precisar de
alguma ajuda, e a gente começou a desenvolver uma ideia assim de como ia se
formar a planta do " Seis milhas para o Inferno". A gente entrou em
contato com o Rogério, a princípio ele ia fazer só uma co-produção e ele acabou
fazendo uma participação louquíssima, que é a própria música " Seis milhas
para o Inferno" que dá início ao EP e a gente contou no final das contas
com uma grande surpresa, que além de produzir, o Marcello Pomeu cantou junto
uma música. Isso para a gente deu um gás! A experiência que a gente teve lá foi
a melhor possível, a gente cresceu três vezes mais em 5 dias do que três meses
em Palmas ensaiando. A gente chegou lá e conseguiu colocar tudo do jeito que
era para ser. Foi uma coisa que superou nossas expectativas, porque a gente
conseguiu colocar no EP o sentimento de mudança.
Quais são os planos da Maquinários para o
ano de 2013?
Matheus: Quando a gente conseguir uma estrutura mesmo, a
gente vai começar a rodar né. Quando o EP for lançado, a gente vai começar a
divulgar nosso material... O que pode ser adiantado é que os próximos passos
serão um videoclipe de uma das músicas do EP e um disco inteiro nesse ano.
Para finalizar, gostaria de
agradecer pela entrevista e que vocês deixassem alguma mensagem da Maquinários
para os apreciadores da banda no Tocantins e no país. ( A mensagem foi feita em vídeo)
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