Matanza em turnê com o seu novo CD: Odiosa Natureza Humana, passa por Palmas-TO novamente

Matanza & Friedrich NietzscheMatanza em turnê com o seu novo CD: Odiosa Natureza Humana, passa por Palmas-TO mais uma vez
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    Não se pode analisar o rock a partir dos mesmos parâmetros que servem ao resto da música ocidental por uma questão de diretriz. Nenhum outro estilo musical é apto a se desdobrar para expressar, com a devida urgência, uma necessidade de mudança. Nenhum outro estilo serve ao presente imediato e carrega a responsabilidade de mudar o futuro próximo quanto o Rock, desde os tempos em que Chuck Berry era barrado nos clubes porque era negro. Aquela realidade, traduzida daquela forma, carregando aquele conteúdo, adquiria um poder de identificação com um alcance que marcaria um momento histórico: a América conservadora, contestada dentro da própria casa, nunca mais teria uma noite de descanso.

    Esse atributo maior que o rock carrega, e que se perde quando não mais útil, é único e existe como combustível da reação a tudo que oprime, invade, sufoca e normatiza, quer isso parta de um segmento político, de um dogma religioso ou do seu próprio espelho.
    O Matanza, com “Odiosa Natureza Humana”, ordena auto-crítica ao demonstrar, através da crônica, um perfil feio e sujo do ser humano que revela-se comum à todos, ainda que isso extrapole o aceitável pela grande maioria.
    Letras como as de “Remédios Demais”, “Em Respeito Ao Vício” ou “O Bebum Acabado” se propõem a retratar momentos de nossa personalidade; lapsos que, em maior ou menor grau, definem a singularidade do indivíduo e sem os quais dificilmente nos diríamos humanos. Não exalta a decadência do bêbado nem a bestialidade do assassino, mas entende se tratarem de personagens muito mais reais e próximos a nós do que os processos de demonização nos levam a crer.
    O instrumental, em coerência com o teor do argumento, é rápido, pesado, furioso como uma caldeira prestes a explodir. A formação da banda conta com Jonas (bateria), China (baixo), Donida (guitarra) e Jimmy (vocal). Simples assim, sem adornos, sem enfeite, fundido para impactar e não para seduzir, o Matanza segue pela estrada da ruína, até porque nenhuma outra existe de verdade. Nenhum de nós acha que está tudo bem e nem acredita que rezando vá ficar. Sem que enxerguemos a nós mesmos, nada mudará ao redor e ninguém será livre enquanto formos todos escravos de nossa própria natureza.
Marco Donida

* “Odiosa Natureza Humana” é o quinto álbum do Matanza e traz 13 músicas inéditas que surgiram durante um ano de ensaios. O disco, produzido por Rafael Ramos, foi gravado em sistema analógico de 24 canais, algo raro para os dias de hoje, e lançado em CD, LP e Download Digital.
Assessoria Matanza

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